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Técnicas para Melhoramento de Solos Moles

Técnicas para Melhoramento de Solos Moles

03 de junho de 2019
https://civilizacaoengenheira.wordpress.com

 

Técnicas de consolidação, tratamento ou melhoramento de solos são, muitas vezes, imprescindíveis para viabilizar obras sobre áreas instáveis, pois elevam a capacidade de carga do solo e minimizam os efeitos de recalques absolutos. No passado, a presença de solo mole era suficiente para tornar uma área imprópria para receber uma construção. Contudo, o desenvolvimento tecnológico no campo da geotecnia mudou essa realidade.

 

Hoje, há várias soluções utilizadas para reforço dos solos que possibilitam o aproveitamento dessas áreas, dispensando a remoção da camada de solo mole (que só compensa economicamente para pequenos volumes). A escolha da estratégia de intervenção mais adequada depende da análise de alguns fatores, como tipo e condições do solo, grau de melhoramento pretendido, nível de tolerância dos recalques, custo previsto e prazo de execução, além de espaço e equipamentos disponíveis para a execução dos serviços. Conheça algumas técnicas abaixo:

Geodrenos:

A consolidação dos solos moles por meio de geodrenos ou drenos fibroquímicos e pré-carga temporária é uma das técnicas utilizadas para melhoramento de solos moles, especialmente em terrenos argilosos moles e pouco permeáveis. O processo consiste na implantação de fitas drenantes no terreno e na aplicação de cargas (aterros) que posteriormente precisam ser removidas. No entanto a consolidação do solo mole pode chegar a anos, e embora essa técnica tenha a vantagem de ser econômica, implica prazos extensos de execução.

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Colunas de brita vibrocompactadas:

Essa técnica propiciou que os aterros ou obras de infraestrutura sobre solos moles pudessem ocorrer em prazos mais curtos e sem a utilização de elementos de pré-cargas temporárias como nas situações de geodrenos. O material granular pode ou não estar envolto em geossintético, dependendo das características da argila mole.

Injeção de compactação:

Consiste em injetar calda de cimento em fases seguidas e sucessivas, formando bulbos que adensam horizontalmente o solo, conduzindo a água aos drenos verticais.

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Deep Soil Mixing (DSM) e o Cutter Soil Mixing (CSM):

A primeira técnica consiste no tratamento de solos moles por meio da mistura com agentes químicos estabilizantes, podendo-se utilizar cal e/ou cimento, formando coluna de material melhorado. Semelhante ao DSM, o CSM forma, em vez de colunas, painéis de material melhorado e pode suportar cargas mais elevadas.

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Jet Grouting:

Nos últimos anos, uma técnica que vem crescendo em aplicações no Brasil é o jet grouting, que permite a melhoria de solos sem escavação prévia. A técnica consiste na injeção de nata de cimento no solo por meio de jatos horizontais ou verticais de alta pressão e velocidade (cerca de 250 m/s). De acordo com o engenheiro Luiz Antônio Naresi Júnior, especialista em fundações pesadas e em geotecnia, em função do movimento rotacional que provoca, a calda de cimento desagrega o solo misturando-se a ele para constituir colunas cilíndricas ou painéis de solo-cimento, material que apresenta características mecânicas melhores, além de menor permeabilidade. Tanto o diâmetro quanto a resistência das colunas são funções da característica do terreno e do método de execução.

Disponibilizado por algumas empresas no Brasil, o jet grouting vem sendo indicado para todos os casos em que, pela heterogeneidade dos terrenos ou pelas características de permeabilidade, torna-se difícil a execução dos sistemas tradicionais de injeção e de perfuração.

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Veja alguns exemplos:

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